Hoje finalmente consegui reservar parte do meu tempo para assistir ao não tão novo último filme do Tarantino, "Bastardos Inglórios".
Sou fã dos trabalhos do diretor. Tenho em em casa todos os seus filmes em formato dvd. "Cães de Aluguel", "Pulp Fiction", "Jackie Brown", "Kill Bill Vol 1 e 2". Faltava assistir à odisséia dos bastardos. Queria ter ido ao cinema mas não consegui. Hoje aluguei, assisti e não me decepcionei.
O filme, dividido em capítulos como de praxe. A cena inicial nos mostra uma fazenda de gado leiteiro cercada por árvores e pastos verdes. Juntamente com a trilha, que traz uma canção de Dimitri Tiomkin e Paul Francis Webster para o filme "O Álamo" de 1966, tal cena nos remete aos faroestes ítalo-americanos. O espectador é lembrado que a história se passa na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial quando surge a figura de Hans Landa, um oficial da SS brilhantemente interpretado por Christoph Walt.
Já em outro capítulo somos apresentados aos bastardos, um grupo de 8 guerrilheiros judeus que dirige-se à França para matar, de forma violenta, o maior número possível de nazistas, disseminando o terror entre as tropas alemãs. O comando dos bastardos fica por conta do tenente Aldo "Apache" Raine, em boa atuação de Brad Pitt, que incita seus soldados a escalpelar seus inimigos.
Apresentados os personagens, o que se vê em "Bastardos Inglórios" é muita violência. Um Tarantino legítimo. Mas como em seus outros filmes encontramos também belas imagens, trilha sonora impecável, grandes atuações e diálogos incríveis. Tarantino levou mais de 10 anos para terminar este roteiro.
Vale lembrar o momento em que Raine e Landa se encontram. Landa desconfia que Raine, que se passava por cineasta italiano, não seja aquilo que diz ser. Como forma de se esquivar de possíveis arguições Raine usa o fato de não falar alemão, somente italiano (na verdade sabia poucas palavras que aprendera durante a própria guerra, dominando tão somente o inglês). Para sua surpresa Landa é fluente em italiano! O que se vê é um momento em que os dois atores parecem se divertir ao estabelecer um diálogo inusitado.
Momentos de tensão, humor, carnificina e contemplação se alternam em uma história que não tem a pretensão de ser verossímil. Não assista esperando encontrar um "O Mais Longo dos Dias", "O Resgate do Soldado Ryan" ou "A Lista de Schindler". "Bastardos Inglórios" é mais um filme de Tarantino e deve ser tratado assim. E parece que a Academia reconheceu o bom trabalho do diretor. "Bastardos Inglórios" concorre ao Oscar 2010 em 8 categorias, uma a menos dos recordistas deste ano "Avatar" e "Guerra ao Terror".
Um comentário:
Simplesmente exelente esse filme.
Essa cena do "dialogo" em italiano é realmente uma das melhores do filme.
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