Postei aqui no site a programação da 3ª Jornada da Inclusão da Pessoa com Deficiência, realizada em BH entre os dias 19 e 21 de dezembro. Hoje foi o encerramento. A palestra com Lars Grael foi muito interessante. Ouvir sua história, tudo o que passou após o acidente e como hoje voltou a ser o campeão que sempre foi nos faz pensar em muitas coisas. A palestra de Grael foi seguida pelo show dos Paralamas do Sucesso. Show impecável, intenso, vibrante, com a ótima participação de Gil em 6 ou 7 músicas, alternando músicas do próprio, dos Paralamas e de Bob Marley. Até aí tudo ótimo.
O problema foi que assisti a programação de um lugar péssimo, sentado em uma das escadas do teatro. Por que? Porque a organização distribuiu mais ingressos do que o teatro comporta. Caso clássico de overbooking, muito comum na aviação comercial, e que ocorre quando um número maior de passageiros caracterizados como prováveis "no show" comparece para o embarque.
A organização não previu tamanho público. Em dado momento um dos responsáveis pede a Lars Grael para pedir calma para as pessoas que estavam do lado de fora. Um telão transmitia tudo para o saguão do teatro. Mas, com toda razão, todos os que dispunham de um convite se sentiam no direito de estar dentro do teatro. Em nenhum lugar mencionava a possível ausência de lugares.
A programação seguiu. Na lateral do teatro, o camarote do governador vazio. Cerca de 40 cadeiras reservadas para ninguém, enquanto pessoas ficavam desiludidas do lado de fora. Como diz a canção entoada pelos próprio Paralamas: "Oh, mundo tão desigual."
No final, ao sair do teatro vejo pelo chão inúmeros pedaços do que um dia foram convites. Na porta várias viaturas e até um ônibus da Polícia Militar. A coisa não deve ter sido bonita lá fora...
Irresponsabilidade. Em um evento público qualquer tumulto se torna perigoso. Em um evento que envolve pessoas com deficiência visual, auditiva, cadeirantes, portadores de Down e etc, tudo fica ainda mais delicado. Por sorte nada de pior ocorreu. Se tivesse ocorrido, alguém se responsabilizaria?
A organização não previu tamanho público. Em dado momento um dos responsáveis pede a Lars Grael para pedir calma para as pessoas que estavam do lado de fora. Um telão transmitia tudo para o saguão do teatro. Mas, com toda razão, todos os que dispunham de um convite se sentiam no direito de estar dentro do teatro. Em nenhum lugar mencionava a possível ausência de lugares.
A programação seguiu. Na lateral do teatro, o camarote do governador vazio. Cerca de 40 cadeiras reservadas para ninguém, enquanto pessoas ficavam desiludidas do lado de fora. Como diz a canção entoada pelos próprio Paralamas: "Oh, mundo tão desigual."
No final, ao sair do teatro vejo pelo chão inúmeros pedaços do que um dia foram convites. Na porta várias viaturas e até um ônibus da Polícia Militar. A coisa não deve ter sido bonita lá fora...
Irresponsabilidade. Em um evento público qualquer tumulto se torna perigoso. Em um evento que envolve pessoas com deficiência visual, auditiva, cadeirantes, portadores de Down e etc, tudo fica ainda mais delicado. Por sorte nada de pior ocorreu. Se tivesse ocorrido, alguém se responsabilizaria?
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