Uma boa sugestão de presente de natal é o interessante "O Livro das Citações", de Eduardo Giannetti. Desde que comprei um exemplar, volta e meia abro uma página e leio. Como isso é possível sem que se perca o sentido? O livro é todo construído utilizando-se apenas citações de outros autores. Não encontramos as palavras autorais de Giannetti em parte alguma. Quando comecei a ler pensei: prefácio e conclusão devem ser dele. Errado. Mesmo nestas partes do livro o texto é basicamente citação, sendo a primeira um ensaio sobre a inutilidade dos prefácios e o segundo uma ode a arte de concluir.
Entre o prefácio e a conclusão encontramos uma enormidade de citações, agrupadas por grandes eixos temáticos. Por exemplo, a parte "IV.6. Identidade Nacionais", apenas entre as páginas 310 e 317 traz pensamentos de Engels, Fernando Pessoa, Tocqueville, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Eduardo Viveiros de Castro, Rui Barbosa, Gilberto Freyre, Oswald de Andrade e Paulo Prado, entre outros, tudo devidamente referenciado, com um primor de pesquisa bibliográfica e exemplo de como citar.
Pelos nomes acima elencados percebe-se que Giannetti não se concetra apenas nos escritores acadêmicos, ou só nos literários. Ele abre o leque e congrega ambos, além de incluir outros como por exemplo Noel Rosa, Charles Chaplin, Paul Gauguin e Mozart.
Fica a sugestão
3 comentários:
Boa dica! Acho que cou aceitar a sugestão! ;)
Taí o Gianetti reconhecendo a inoportância (gostei mais desse meu logismo do que da palavra desimportância) do seu pensamento neo-liberal. Brincadeirinha. Gostei tbém da dica. Senão comprar um te peço emprestado.
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