No mundo todo, os videogames representam o maior mercado de entretenimento, superando a indústria da música e do cinema juntos. No Brasil, a alta carga tributária – que chega a 80% - mantém os preços de consoles e jogos extremamente altos para a realidade de boa parte dos consumidores, limitando o crescimento do mercado. Diante deste cenário, produtores, distribuidores e revendedores de produtos de entretenimento se uniram no projeto
Jogo Justo para lutar por um mercado de games com menos impostos.
O movimento, idealizado pelo administrador de empresa e colecionador de jogos Moacyr Alves Jr., foi iniciado há dois anos e deu origem à
Acigames – Associação Comercial, Industrial e Cultural dos Videogames, que será lançada no dia 29 de janeiro, juntamente com o Dia do Jogo Justo, que prevê a realização de atividades em diversos pontos do país, inclusive no varejo, com a venda de jogos por preços mais “justos”.
O objetivo do Dia do Jogo Justo é chamar a atenção sobre o quanto o mercado de jogos perde por conta dos altos impostos e seu potencial no país. “O Brasil é um grande consumidor ‘informal’ de games. Imagine se pudéssemos colocar todos esses jogadores na formalidade. Com certeza o país se tornaria mais atrativo para as empresas do setor,” diz Alves Jr.
Atrações do Dia do Jogo Justo - Para o dia 29 de janeiro, estão confirmados eventos em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília, com uma programação variada, incluindo palestras, debates e exposições focando todos os aspectos da indústria, comércio e cultura dos videogames. Além disso, as lojas da rede UZ Games e o Walmart Online estarão vendendo jogos por preços equivalentes aos que poderiam ser praticados normalmente com uma carga tributária justa – em torno de 15%, contra os 80% de impostos aplicados hoje.
No Dia do Jogo Justo (sábado, 29) será oficialmente lançada a Acigames, associação criada no final de setembro do ano passado com a finalidade de representar e regulamentar a indústria e comércio dos jogos eletrônicos, e incentivar culturalmente a área dos games no Brasil. O presidente da associação é Moacyr Alves Jr, idealizador do projeto Jogo Justo, e o vice-presidente é Marcos Khalil, empresário e CEO da rede de lojas UZ Games.
“A redução dos impostos pode alavancar as vendas de jogos, a exemplo do que aconteceu com o México, onde o mercado de games cresceu oito vezes depois da diminuição da carga tributária”, afirma Khalil, um dos apoiadores da iniciativa desde o primeiro momento, e que como forma de incentivo à causa exibe o logo da campanha nos jogos vendidos nas lojas UZ Games. Segundo ele, o chamado mercado cinza (distribuição e venda de produtos via canais não autorizados pelo produtor) e a pirataria seriam problemas muito menores caso o Brasil tivesse um mercado forte.
Dia do Jogo Justo terá atrações em várias capitais
O principal evento programado para o dia 29 de janeiro será realizado em São Paulo, na Faculdade Impacta, com a presença de Moacyr Alves Jr., que fará a apresentação do projeto e da Acigames, entre outros representantes. Na agenda, palestras sobre tributos eletrônicos, jogos na educação, Concept Art para jogos digitais, entre outras. A Autodesk trará dois palestrantes internacionais: Warren Currell, diretor de desenvolvimento de vendas do grupo de tecnologia de games e gerente de produto Kinetix da companhia, que é especialista em questões fiscais em video jogos, e Miguel Rodrigues, gerente de vendas para a América Latina da Autodesk Media and Entertainment.
Para saber mais acesse o site do
Jogo Justo.